Descrição
A revista literária Senhorinha é um projeto idealizado por Jaminho em parceria com Mara Calvis da editora Vida Produções. Pretendemos dar-lhe uma periodicidade semestral, sempre divulgando a prosa, a poesia, a literatura sul-mato-grossense. Neste número inaugural, apresentam-se dez contos universais infanto-juvenis em releituras de cenários, personagens e linguagens identitárias do Mato Grosso do Sul. E também textos bônus, na Bruaca de Kikiôs, inspirados na canção de Geraldo Espíndola.
O nome da revista homenageia uma das personagens mais fortes e destacadas da história do Mato Grosso – do Sul, em especial –, Senhorinha Barbosa Lopes. Nascida no Brasil Império, em Franca/SP, veio para o Sul de Mato Grosso. Casou-se em Paranaíba com Gabriel Lopes e foram fundar e residir na Fazenda Machorra, que no futuro seria território bela-vistense. Mulher de fibra, prisioneira por duas vezes na República do Paraguai, de onde regressou para reconstruir sua vida e fazer história. Na primeira, em 1851, viúva, com três filhos para criar, casando-se com José Francisco Lopes (irmão de Gabriel), fundando a Fazenda Jardim, à margem direita do rio Miranda, hoje território lagunense (guia-lopense, por que não?). Na segunda, após (por volta de 1870) a Guerra da Tríplice Aliança, de novo viúva, com mais seis filhos para criar/encaminhar, residindo na Fazenda Arroio de Ouro, por ela fundada.
Senhorinha faleceu em 1913, alguns dias após ser homenageada como madrinha da bandeira nacional do Brasil republicano defendido pelo Sétimo Regimento de Cavalaria Ligeira de Bela Vista, por conta de sua vida de lutas patrióticas e afirmativas da extensão territorial e soberania do Brasil Império.
Ninguém melhor que ela, Senhorinha Barbosa, para nomear uma revista literária que faz um passeio pela história e cultura do Mato Grosso do Sul através de imaginação e memória inspiradas nos contos universais de Andersen, Perrault, Irmãos Grimm, entre outros.
Ao estimado leitor fica nosso convite para que realize um voo panorâmico de aventura, de sonho e elucubrações, que faça um mergulho na memória por estas páginas repletas de literatura. Que antigas questões possam ser respondidas, novos questionamentos surjam, e a força de Senhorinha Barbosa seja-nos sempre um guia de persistência e inspiração.
Mara Calvis/Jaminho